Tabloides Digitais

Inovação no setor de supermercados impulsiona vendas segmentadas

Acompanhar o desenvolvimento de novas tecnologias não é mais sinônimo de diferencial. Agora, é questão de “sobrevivência” quando se trata de negócios e seus mais variados nichos. Os supermercados, por exemplo, começam a apostar em outra forma de anúncio: os tabloides digitais. Indo de encontro aos tradicionais impressos que apresentavam os produtos de modo genérico e sem muitas novidades quanto ao formato, o setor supermercadista adota um caráter mais assertivo e segmentado no intuito de conectar seus produtos em promoções ao que o consumidor está, de fato, buscando.

Marcos Theodoro Siqueira, idealizador do aplicativo Sav@price – ferramenta que ajuda consumidores a encontrar as melhores ofertas em supermercados-, afirma que hoje já é possível classificar os produtos e promoções por sexo, idade, histórico de busca no App, entre diversas outras categorias. “Isso faz o investimento do estabelecimento ser mais certeiro, evitando gastos desnecessários e trazendo maiores lucros”, diz Siqueira. Os tabloides impressos são exemplo da falta de direcionamento quando se trata de atingir diferentes públicos. Eles “são espalhados sem qualquer segmentação”, afirma o empresário.

Em termos de economia, pode-se citar logo de início a dispensa do uso de papel – o que também tem impacto no meio ambiente. Outro fator a ser considerado é o custo do tabloide digital, menos de 10% do que os impressos. Siqueira, que lida diretamente com este nicho de mercado, acredita que o novo formato traz “uma revolução para segmento” e cita a facilidade em encaminhar ofertas específicas para determinas perfis de clientes garantindo, assim, a compra dos produtos com maior eficiência. “Um exemplo que sempre cito é: se o supermercado tem um lote de Leite que está há muito tempo sem ser vendido, o varejista poderá encontrar quem é que consome esse tipo de alimento na sua loja, e também na sua região, e poderá mandar uma oferta ou promoção direcionada para esse público”.

Um app, muitas ofertas, diversos supermercados e seus tabloides digitais

Uma nova funcionalidade lançada recentemente pela Sav@price é a de exibir no próprio app os tabloides digitais dos supermercados listados com suas ofertas e promoções. “As pessoas poderão encontrar as ofertas e promoções nos supermercados que costumam comprar, sem a necessidade de sair de casa e buscar o taloide impresso”, conta Siqueira.

Para implementar mais o serviço prestado, três características devem ser destacadas para quem pretende conhecer a plataforma:

1) Promoções – Os consumidores poderão encontrar todas as ofertas e promoções na região (local e raio em Km) que ele definir. Neste caso, a ferramenta apresentará todas as promoções e ofertas dos supermercados participantes. Essa funcionalidade é útil para quem quer encontrar as melhores ofertas e promoções independente do estabelecimento.

2) Tabloide Digital – o app reúne tabloides digitais dos supermercados cadastrados também segmentados por região. Isso facilita muito quem deseja consumir produtos específicos como, por exemplo, vegetarianos, pessoas com intolerância à lactose, pais que buscam itens para bebês etc. A facilidade de ter tais informativos sempre em mãos – no caso, smartphones – é poder acessar as ofertas em qualquer lugar e momento.

3) Busca de Preços – os usuários podem criar uma determinada lista de compras e encontrar os melhores preços na região escolhida. Neste caso, aparecerão os 3 supermercados com as melhores opções de preços para a lista. Essa funcionalidade é útil para quem quer gastar o menor valor na lista total de compras.

O empresário ainda ressalta que os supermercados poderão participar de todos os itens acima, ou apenas de 1 deles, ou seja, “não existe a necessidade de participar de todos. Isso, porque muitos supermercados ainda têm receio de colocar seus preços na busca, muitas vezes porque não possuem um valor competitivo”, explica Siqueira. Por esta razão o Sav@Price possui as três funcionalidades citadas. Com elas, há diferentes maneiras de se divulgar produtos e promoções. “O nosso objetivo é facilitar a vida dos supermercados e consumidores, possibilitando aumento nas vendas e economia nas compras”, finaliza Siqueira.

O Sav@price possui um portal na internet e aplicativos para iOS (Apple) e Android (Google). Os interessados em conferir as funcionalidades da ferramenta só precisam acessar a página oficial www.savprice.com

Autor: Dino
Fonte: website: Exame.com

Ofertas personalizadas: evoluindo além do tabloide promocional

O tabloide, ou folheto promocional, é um daqueles investimentos em marketing que quase todos os varejistas fazem. Pouquíssimos tem ideia do valor gerado

O tabloide – ou folheto promocional, como às vezes é chamado – é um daqueles investimentos em marketing que quase todos os varejistas fazem. Pouquíssimos, porém, tem uma real ideia do valor gerado.

Frequentemente o tabloide vira um exercício parecido àquele do jogo batalha naval, com varejistas investindo uma energia enorme para preencher quadradinhos de ofertas duramente negociadas com fornecedores.

Na Symphony EYC tenho o privilégio de conversar diariamente com executivos dos maiores varejistas na América Latina. E poucos realmente acreditam no tabloide como uma ferramenta que traz resultados significativos em vendas. O mais intrigante, contudo, é que são ainda mais raros aqueles que tem a coragem de diminuir ou parar esse investimento.

A verdade é que o tabloide tem, a meu ver, dois papeis importantes no varejo: o primeiro é o de gerar bonificações da indústria tradicionalmente acostumada a pagar por quadradinhos no tabloide; e o segundo é ditar com cadência do ciclo promocional dentro da loja. Gerentes se acostumaram a arrumar o espaço físico de acordo com as promoções no tabloide. E a indústria sabe que o tabloide gera melhor distribuição e exposição, por isso se dispõe a pagar razoáveis bonificações por cada quadradinho do folheto promocional. Isso acaba gerando um ciclo vicioso difícil de quebrar.

Mas por que ainda direcionar tanto investimento a um canal de comunicação cuja eficácia é questionada pelos próprios executivos do varejo? Por que não direcionar ao menos parte desse investimento a outros canais de comunicação?

Globalmente, percebo uma tendência clara de realocação de recursos de mídias de massa (TV, rádio, tabloide) para mídias direcionadas e personalizadas (social, marketing direto). Mais precisamente, varejistas redirecionam parte do antes investido em tabloides promocionais para a mídia personalizada.

Hoje, a tecnologia de Big Data permite a criação de versões virtuais personalizadas deste tabloide. Imagine um em que todas as, digamos, 500 ofertas sejam colocadas em uma ferramenta de CRM. O software então se encarrega de selecionar quais as melhores seis ou oito ofertas para cada cliente individualmente.

O Ahold Delhaize, gigante varejista global que opera na Europa, Ásia e Estados Unidos é um bom case do tabloide de ofertas personalizadas. Nos Estados Unidos, onde possui mais de 2.200 lojas, 4,2 milhões de clientes recebem mensalmente ofertas personalizadas em casa, por mala direta ou email. Elas são selecionadas uma a uma, usando um software de big data/CRM.

Outra vantagem das ofertas personalizadas é que, diferente do tabloide, seus resultados são todos mensurados através de grupos de controle. Os números do Ahold impressionam:

  • Em média 50% dos clientes fiéis que recebem essas ofertas vão até a loja e usam pelo menos um dos cupons recebidos (ou seja, a ação cumpriu com o seu papel de gerar uma visita incremental);
  • Essas ações geraram em torno de 100 milhões de dólares em vendas incrementais no ano passado;
  • O programa aumentou a participação da indústria em mais de 5X em relação ao número de ofertas financiadas pela indústria/fornecedores

Importante notar que não só o impacto em vendas é bem significativo, como também a participação de ofertas financiadas pela indústria é consideravelmente alta. Isso mostra o potencial desse canal de comunicação na geração de bonificação (“desculpa” frequente para a manutenção de investimentos no tabloide tradicional).

Não defendo aqui a extinção completa do tabloide. Como disse, esse canal promocional tem papeis importantes na geração de bonificação com fornecedores e na organização do ciclo promocional nas lojas. O que defendo é um maior equilíbrio entre a alocação de verba entre diferentes canais, privilegiando os personalizados, e o uso de tecnologias de Big Data.

Varejistas brasileiros ainda têm muitas oportunidades com a adoção de ofertas personalizadas. A tendência de personalização é forte e os que a adotarem sairão na frente. Afinal, o que você acha que o cliente vai preferir: folhear um tabloide com 20 páginas e 500 ofertas aleatórias ou receber em casa as oito melhores com produtos que ele costuma consumir e com um desconto especial só para ele?

Autor: Adriano Araújo
Fonte: website O Negócio do Varejo

Logística do Tabloide

Como não desperdiçar um dos maiores investimentos do varejo

Responsáveis por 50% da verba publicitária no varejo, os tabloides representam a grande ferramenta de comunicação das marcas com seu público. “Os tabloides são o maior meio de comunicação ao se falar de varejo atualmente”, afirma Wagner Sarnelli, sócio-diretor do instituto Data Popular, um dos maiores especialistas em comunicação de varejo do Brasil.

A maneira com que esse tablóide é feito, seu formato e, principalmente, a forma como ele chega até seu destino final é que ditam como o público enxerga a mensagem que ele veicula. Portanto, se a logística de entrega desse material for mal planejada, ofertas, promoções e várias ações de marketing podem ser descartadas ou nem mesmo chegar até o seu target.

Logística do tablóide

O setor varejista conta hoje com duas ferramentas de logística para seus tabloides: entrega porta a porta ou a distribuição via geoprocessamento. Ambas têm a distribuição realizada por áreas – que são classificadas de acordo com a proximidade do ponto de venda e recebem os nomes de primária, secundária e terciária.

“A distribuição por áreas feita no modelo porta a porta pode ter um menor custo, mas existe a possibilidade de que em uma determinada área não haja ninguém da classe que o varejista queira atingir”, afirma Sarnelli.

Já o geoprocessamento usa dados para informar onde está o público-alvo de uma marca. Através de empresas especializadas, usam-se estudos que determinam onde está o consumidor com a faixa de renda X, da idade Y, classe Z. O custo é diferenciado, mas o retorno é mais efetivo.

Ferramenta de fidelização

O tabloide nasceu como uma ferramenta de divulgação de ofertas, um mapa de “caça ao tesouro” que o consumidor levava até a loja para encontrar o produto com preço baixo. Porém, pesquisas como a do próprio instituto Data Popular mostram a eficácia desse instrumento como forma de fidelização de consumidores.

Para Sarnelli, da escolha do papel ao layout da página, passando pelo conteúdo – que pode ser noticioso, inclusive –, todos os detalhes contam para segmentar o tabloide de acordo com o seu público. Cada detalhe interage com o target e não pode ser descartado por erros de logística.

Autor: Profa. Dra. Selma Felerico
Fonte: http://www.selmafelerico.com.br/tabloides-direcionados/

Como montar um serviço de distribuição de folhetos

A panfletagem/distribuição de folhetos ainda responde por uma grande fatia dos investimentos em propaganda: é mais acessível e tem cobertura geográfica

Segundo indicadores da Associação Brasileira de Marketing Direto (Abemd), o mercado brasileiro de marketing direto nos últimos 8 anos, tem crescido em média de 12% ao ano. De uma receita anual de mais de R$ 19 bilhões do marketing direto, R$ 2,5 bilhões correspondem ao faturamento das empresas de distribuição e logística de material impresso.

Dentre os segmentos empresariais que mais utilizam as ferramentas de marketing direto, destacam-se as instituições financeiras (24%), as empresas de telecomunicações e utilidades (15%), as editoras (11%), o comércio em geral (9%), a indústria automobilística e de autopeças (8,5%) e as instituições religiosas e de arrecadação de fundos (3,5%). Dois terços do total de negócios em marketing direto são destinados a ações mercadológicas entre empresas e consumidores. O terço restante corresponde a ações entre empresas (business-to-business).

Fonte: www.sebrae.com.br

Geomarketing segmentado

Como escolher o ponto ideal para abrir uma franquia

Ao optar por abrir uma franquia, além de escolher a marca certa para investir, há um outro fator muito importante e determinante no sucesso do empreendimento: a localização.

Mas o que levar em consideração na hora de escolher o melhor ponto comercial para abrir uma franquia? O especialista e consultor em franchising Marcus Rizzo, da Rizzo Franchise, diz que é comum algumas pessoas já terem um local próprio ou da família e, a partir disso, saírem em busca de uma franquia para investir. Mas esse não é o procedimento correto. Ele explica que é melhor focar em buscar um ponto para o negócio, e não um negócio para o ponto.

Na hora da pesquisa de um local, há que se considerar ainda o perfil do consumidor para o negócio (faixa etária, renda, sexo, etc), a característica do negócio (destino – clientes vão até o ponto – ou passagem – clientes passam pelo ponto), negócios próximos que possam atrair clientes para o seu, entre outros. Uma conversa com os comerciantes da vizinhança e uma pesquisa sobre negócios similares que tiveram sucesso ou fracassaram no local também pode ajudar. Além disso, é importante pesquisar bem os valores de aluguel, acessibilidade e visibilidade. Outra dica é visitar o local em horários diferentes para observar o fluxo de pessoas na região e checar a concorrência.

A tarefa de buscar um bom local cabe ao franqueado, mas o franqueador tem por obrigação dar todo o suporte e orientação, fornecendo informações para que seja feita uma boa escolha e aprovando-a antes da concretização do negócio.

O estudo de Geomarketing, que detalha a forma como o mercado se organiza no espaço e analisa variáveis relevantes através de mapas, pode ser um grande aliado no processo de localização de um bom ponto de vendas para a franquia.

Embora ainda não seja muito comum no mercado brasileiro, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) já vem realizando alguns trabalhos para mostrar aos franqueados como funciona o serviço, mas é considerado caro, já que o preço aumenta de acordo com a quantidade de detalhes oferecidos. Por isso, quem tem interesse em contratar esse tipo de serviço, precisa ter em mente as informações que precisa obter, considerando, por exemplo, público-alvo, já que muitas respostas oferecidas nem sempre são relevantes para o tipo de negócio.

A sugestão de profissionais é que o estudo de geomarketing seja feito periodicamente, e não apenas uma vez, de forma que seja possível verificar informações que ainda são relevantes e as que precisam ser atualizadas. É importante ressaltar também que o estudo não substitui a ação de um profissional experiente para avaliar pontos de venda, conhecer os imóveis, a rua, visitar a região, etc.

Por Equipe Editorial Pix Blog – 21/01/2015
Fonte: http://www.atitudefranquia.com.br/blog/como-escolher-o-ponto-ideal-para-abrir-uma-franquia-com-estudos-de-geomarketing

A força do Assaí

Com as vendas em alta, baixo custo de operação e a abertura de uma loja por mês no próximo ano, a rede de atacarejo está perto de se tornar o principal negócio do Grupo Pão de Açúcar. Saiba como um atacado voltado para pequenos comerciantes está salvando os resultados do maior varejista do Brasil

Dois assuntos podem fazer o executivo Belmiro Gomes, presidente da rede de atacado Assaí, conversar por horas a fio: tecnologia e as tirinhas do personagem Dilbert, criado pelo cartunista americano Scott Adams, que faz uma sátira inteligente e ácida do ambiente corporativo. Programador de formação, Gomes entrou para o mundo do varejo fazendo manutenção em antigos mainframes, os precursores do computador. Até hoje, por diversão, ele costuma desenvolver softwares – alguns, inclusive, utiliza no dia a dia.

Seu interesse por Dilbert vem do fato de que ele tem sob seu comando 18 mil funcionários. “O componente humano está presente em todos os processos na companhia”, afirma o executivo, que está à frente do Assaí há quatro anos. “Muitas vezes, tomamos atitudes negativas sem perceber.” A habilidade de olhar para si mesmo de forma crítica é, sem dúvida, uma qualidade apreciada no setor de atuação de Gomes. Afinal, o atacado de autosserviço, ou, como é popularmente conhecido, o atacarejo, foi por muito tempo o patinho feio do comércio alimentício.

Voltado para pequenos comerciantes e prestadores de serviço, em especial das classes C e D, o segmento era visto como um negócio quase marginal frente às grande lojas de hiper e supermercados. Nem mesmo os fornecedores tinham simpatia. “Sofremos muita resistência de grandes fabricantes”, diz Gomes. Esses tempos de pouco protagonismo ficaram para trás. O Assaí hoje pode ser considerado a grande estrela do Grupo Pão de Açúcar (GPA), maior varejista do Brasil, que controla também as bandeiras Extra e Pão de Açúcar, no varejo alimentar, além de Ponto Frio e Casas Bahia, no setor de eletroeletrônicos.

A rede é a que mais cresce em faturamento e em participação nos negócios e vem salvando os resultados do grupo. Nos nove primeiros meses deste ano, sua receita aumentou 24,6%, para R$ 7,3 bilhões. O Assaí responde por 14,8% das vendas do GPA. A taxa de crescimento anual da rede é de cerca de 30% desde 2010. Nesse ritmo, o Assaí deve ultrapassar em pouco tempo o Extra Hipermercado, que tem o maior faturamento entre as bandeiras do GPA e cujas vendas caíram 2,8%, para R$ 9 bilhões, no mesmo período.

Já a receita do Extra Supermercado teve uma queda de 3,5%, somando R$ 3,3 bilhões. No total, as operações de varejo alimentar do Pão de Açúcar cresceram 7,2%, para um faturamento de R$ 26,7 bilhões. Até o final do próximo ano, o ritmo de abertura de lojas com a bandeira Assaí será de uma por mês (atualmente, são 87 unidades). A expectativa é de chegar a todas as regiões do Brasil já no primeiro semestre de 2016 (falta a região Norte). Isso considerando que o custo operacional da rede, de 10,6% da receita líquida, é quase metade do registrado pelas outras operações do grupo. “Estamos crescendo de forma mais acelerada”, afirma Gomes. “Mas não é uma competição.”

De fato, a estratégia do GPA tem sido a de tornar o varejo alimentar cada vez mais “multicanal”. O hipermercado vem perdendo espaço na agenda dos brasileiros, que prefere comodidade. As chamadas lojas de proximidade, com as bandeiras Minimercado Extra e Minimercado Pão de Açúcar, se tornaram as vedetes do grupo. Sem muito alarde, no entanto, o Assaí ocupou um espaço que não estava previsto inicialmente. A crise mudou os hábitos de compras e levou para o atacarejo uma enxurrada de novos consumidores.

“Vemos que as famílias brasileiras não conseguem mais manter seus padrões de compra”, afirma Christiane Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel, especializada em dados de consumo. “Há uma racionalização intensa nas decisões de compra.” Uma forma de economizar é comprar em grandes quantidades, o que só é possível nas redes de atacarejo, como Assaí ou seus concorrentes Roldão e a líder Atacadão, que pertece ao varejista francês Carrefour, maior rival do Pão de Açúcar no País. A importância do Atacadão para seu controlador é ainda maior.

Ele responde por 55% das receitas da empresa no Brasil, que foram de R$ 37,9 bilhões no ano passado. Segundo dados da consultoria Nielsen, os hipermercados perderam 4,2 milhões de clientes entre abril de 2014 e abril deste ano. Hoje, a tendência é que o consumidor faça uma grande compra por mês de produtos básicos, como higiene e limpeza e não perecíveis, no atacarejo, complementando a cesta com itens mais sofisticados e de baixo consumo nas lojas de bairro. Gomes vê isso acontecendo claramente em suas lojas.

“Temos dois tipos de cliente, o que vem todo dia para abastecer seu comércio e o pessoa física, que passa uma vez por mês”, diz o executivo. O segredo para agradar a clientela diversa, entretanto, não é mudar a cara do mercado. “Continuamos pensando no cliente pessoa jurídica em primeiro lugar”, afirma Gomes. A estratégia é bem sucedida por um motivo simples: preço. Comerciantes sabem de cor e salteado o quanto pagaram por cada item de suas compras. Isso força o Assaí a fugir da lógica tradicional dos supermercados de “jogar” com as margens dos produtos, fazendo promoções pontuais para atrair a clientela, mas aumentando os ganhos em outras mercadorias.

Para manter o preço baixo, o Assaí trabalha com três variáveis. A primeira é manter baixo o custo da operação. Ainda que as lojas tenham evoluído em termos de conforto, especialmente pela adição do ar condicionado, elas são simples, com piso de asfalto, prateleiras até o teto e sem muita decoração. A segunda variável é a negociação com os fornecedores. Esse já foi um desafio importante, uma vez que muitas empresas viam com maus olhos o atacarejo. Fabricantes costumam querer controlar toda a logística de entrega.

Não era negócio ter um intermediário entre o produtor e o pequeno comércio. Isso mudou depois que marcas de menor expressão começaram a explorar o atacarejo. O maior exemplo é a Quero, produtora de molhos e condimentos comprada pela americana Heinz, em 2011. Antes da negociação, seus produtos eram vendidos exclusivamente por esse canal de vendas. O motivo para isso está na terceira variável: logística. “É muito caro e complexo entregar de porta em porta nos grandes centros urbanos”, afirma Gomes.

Foi com o objetivo de facilitar o acesso de pequenos varejistas das regiões periféricas das grandes cidades a todo tipo de produto que o empresário Rodolfo Nagai criou o Assaí, na década de 1970. Ele vendeu o negócio ao GPA em 2010, por cerca de R$ 400 milhões. Esse conceito está voltando a permear a estratégia da rede. Suas novas lojas funcionam, literalmente, como centros de distribuição. Todas as mercadorias são estocadas localmente. As carretas entregam diretamente nas lojas, cujo tamanho mínimo é de 15 mil metros quadrados construídos. “Na prática, muitos comerciantes mantém seus estoques no Assaí”, diz Gomes.

“Eles chegam a vir três vezes por dia.” Para o fornecedor, é bom por que reduz custo de logística. Para o comerciante, é bom por que ele pode manter um estoque mais baixo e aumentar a variedade de produtos. Não é só no Brasil que o atacarejo está crescendo e ameaçando os tradicionais hipermercados. Nos Estados Unidos o poderoso Walmart sofre com a concorrência do Costco, um atacado de autosserviço muito semelhante ao Assaí e ao Atacadão. A rede, que opera também no Canadá, na Europa e na Ásia, tem planos de abrir 32 lojas nos próximos 12 meses.

Seu faturamento no último ano fiscal, encerrado em agosto, foi de US$ 116 bilhões. Já o Walmart, maior varejista do mundo, anunciou na quarta-feira 4 que prevê uma queda de 12% no lucro neste ano. O gigante está envolvido em um processo de reestruturação de suas lojas para estancar a perda de clientes. A questão é que, como bem disse Dilbert em uma de suas tirinhas, “grandes corporações aceitam a inovação da mesma maneira que os dinossauros aceitaram os grandes meteoros”. Os números mostram que, hoje, é o atacarejo que dá as cartas e as estimativas são otimistas. Nesse sentido, Dilbert também ensina que “ninguém acredita em previsões, mas todo mundo quer ouvi-las”.

Fonte: IstoÉ Dinheiro por Rodrigo Caetano – 12/11/2015

Por que fazer tabloides?

Atrair consumidores para as lojas através da divulgação de ofertas. Por muito tempo, este foi o único objetivo dos tabloides de varejo. Hoje, sua função foi expandida e se transformou num importante meio de comunicação institucional.

Ele é utilizado pelas lojas não só para divulgar preços e promoções, mas também para fixar a marca e o conceito de seu empreendedorismo ao público-alvo.

De acordo com a matéria “Tabloides próprios são eficientes para o varejo”, do site Universidade Martins do Varejo, o tabloide pode se adaptar a diversas situações, sendo uma ferramenta democrática.

Durante os anos, sua periodicidade também sofreu alterações. Se antes eram lançados a cada quinze dias, hoje passam a ter circulação diária em alguns estabelecimentos, com validade de um dia.

Outra importante mudança foi o processo de regionalização. Redes nacionais lançam tabloides específicos para cada região.

De acordo com Sônia Bittar, diretora geral do Instituto Data Popular e especialista em estudos do varejo, mesmo com todas as mudanças e adaptações, ainda há muito a ser explorado nesta valiosa ferramenta.

O maior desafio é fazer o público-alvo perceber o posicionamento da loja. É importante realizar uma pesquisa para descobrir quem é o consumidor antes de definir o posicionamento da empresa no mercado.

O menor preço nem sempre é o que atrai todos os tipos de consumidores. Por isso, é importante a divulgação dos diferenciais da empresa no tabloide.

Outro importante fator é o visual do encarte. É necessário acompanhar as tendências e evitar sérios erros, como tabloides poluídos visualmente e informações erradas.

Ideias que tornam a publicação interessante são introduzir dados extras, como dicas de conservação de alimentos, receitas e outros assuntos que podem orientar o consumidor. Utilizado como veículo de informação, educação com caráter comunitário, o tabloide contribui com um relacionamento mais aproximado ao cliente.

A seguir estão alguns dados e dicas publicados na matéria “Tabloides próprios são eficientes para o varejo”, do site Universidade Martins do Varejo.

Comportamento do consumidor

Quem gosta de receber tabloide promocional em casa?

Classes D e E: 35%
Classe AB: 26,2%

Quem vai ao estabelecimento aproveitar as ofertas depois de ter visto nos tabloides?

Classe DE: 48,3%
Classe C: 39,7%
Classe AB: 32%

Fonte: Instituto Data Popular

Vantagens da ferramenta

• Custo relativamente baixo em relação a mídias tradicionais, como jornais, revistas ou televisão.

• Ferramenta flexível (pode se moldar de acordo com o perfil da loja ou da promoção).

• Dependendo do local da distribuição pode influenciar o shopper antes da compra e no momento da compra.

• Comunicar/lembrar ao consumidor da região a presença da loja, o posicionamento do estabelecimento.

Dicas

• Monte um banco de imagens.

• Evite processos muito manuais na hora da produção do tabloide, pois eles aumentam as chances de publicar informações trocadas.

• Dê atenção especial para a qualidade das imagens.

• Cuidado com o tipo de papel, uma escolha errada pode gerar um tabloide pouco atrativo.

• Escolha letras que facilitem a leitura.

• Conheça as necessidades do consumidor da região onde você atua.

• Utilize o tabloide como instrumento de comunicação da loja com os clientes e não apenas para informar preços.

• Procure criar uma identidade, uma personalidade para o tabloide.

• Muito cuidado com as informações publicadas. O Código de Defesa do Consumidor obriga estabelecimentos a cumprirem toda informação ou publicidade veiculada enquanto houver estoque do produto anunciado.

Fonte: Matéria “Tabloides próprios são eficientes para o varejo”, do site Universidade Martins do Varejo, pesquisa sobre tabloides do Instituto Data Popular e matéria “Jornalzinho de varejo”, do site FCDL Notícias.

Folhetos representam até 27% das vendas de um supermercado

Os folhetos de promoções chegam a representar até 27% das vendas de uma loja, segundo Romualdo Teixeira, presidente da RTC, consultoria de varejo. O percentual é tido como elevado, já que as ofertas reduzem a margem, mas sinaliza a necessidade de um trabalho bem mais profissional do que o observado na maioria das empresas. Hoje, elas ainda têm como principal foco obter os melhores descontos, sem levar muito em conta o que desejam para o negócio e o que é mais relevante para os resultados.

Sem estratégia, não há planejamento e nem boa execução. Tudo vira improviso. Para o especialista Alexandre Ribeiro, da R-Dias Assessoria para o Varejo, a empresa tem que ter claro o seu posicionamento, ou de cada uma de suas bandeiras frente ao público, para definir as estratégias.

Em uma rede com posicionamento gourmet faz menos sentido um tabloide com produtos básicos do que em uma rede para a baixa renda. Já numa loja dirigida ao público A, funciona melhor uma oferta de picanha do que em um supermercado dirigido ao público C. Trabalhar com categorias e marcas formadoras de imagem, como arroz e Omo, sempre é um recurso de bom impacto, independentemente da classe social. Mas se limitar a essa decisão é perder oportunidades.

O que fazer

Além de planejamento e estratégias, todo tabloide precisa ser bem executado. Veja o que os consultores sugerem para você não cometer erros

A capa

Deixar poucas ofertas – no máximo cinco – a fim de não gerar confusão
Publicar as ofertas mais agressivas para logo criar impacto no consumidor

O tamanho

Tabloides regulares não precisam ter mais do que quatro páginas, com no máximo 20 ofertas em cada uma
Tabloides especiais ou sazonais podem ser maiores, com até 12 páginas

As ofertas

Troque as ofertas a cada semana, se a loja for mais focada em perecíveis, ou quinzenalmente, se a loja for abastecedora
Agrupe ofertas em soluções de consumo, como queijos e vinhos ou produtos de churrasco, dependendo da preferência do seu público

As informações

Não deixe de incluir informações sobre sua loja, como um mapinha mostrando exatamente onde ela está
Mesclar produtos de diferentes departamentos para aumentar o fluxo de clientes e conduzir o consumidor a vários corredores

Já a estratégia tem de ser bem definida e mesmo diversificada. Em alguns momentos, por exemplo, a loja pode resolver atrair tráfego, em outros, gerar lucro, e é possível misturar estratégias no mesmo tabloide.

Por isso convém planejar os folhetos. O ideal é que sejam pensados anualmente com as campanhas promocionais. Isso permitirá negociar melhor com os fornecedores e definir com eles as ações de marketing. Importante: quem define estratégia, marcas e produtos é a rede.

O fornecedor participa, mas não lidera o processo. Segundo Alexandre Ribeiro, a indústria pode e deve fazer propostas, mas é o supermercadista quem deve tomar as decisões em função das necessidades do seu negócio.

“Uma vez definidas as ofertas básicas, o supermercadista deve partir para estratégias mais sofisticadas, como criar tabloides temáticos ou sazonais, de Páscoa, Volta às aulas, Dia das Mães, Natal”, sugere Romualdo Teixeira. Outra boa possibilidade é montar soluções de consumo, como kits para churrasco ou queijos e vinhos.

Também é igualmente essencial medir os resultados das ofertas, mas não apenas das marcas presentes no tabloide. “O mais importante é avaliar o desempenho das categorias envolvidas, além do aumento do fluxo de clientes, o que pode ser feito com a análise dos cupons”, afirma Alexandre Ribeiro.

Aumentar o giro de produtos em oferta é fácil, mas gerar mais vendas em outros corredores e na própria categoria é desafiante. Envolve acertar o mix, os descontos, a configuração e o layout do tabloide. Sem medir adequadamente os resultados, não é possível apurar o que deu certo, ou errado, e nem decidir o que pode ser reforçado ou modificado.

O que evitar

Existem erros que não elevam o fluxo de clientes e o volume de vendas E existem excessos que prejudicam a rentabilidade

Os maiores erros

Incluir mais de uma marca de uma mesma categoria
Apresentar o mesmo item em várias páginas do tabloide
Usar o tabloide para escoar excesso de estoque
Não estimar corretamente a demanda do item em oferta
Criar tabloides com número excessivo de ofertas
Fonte: consultor Alexandre Ribeiro

25% Deve ser a participação média das ofertas no lucro bruto

Fonte: Rafael Faustino – 18/09/2015 | Supermercado Moderno

Assaí Atacadista recebe certificado de conformidade PCI

O Assaí Atacadista recebeu o Certificado de Conformidade PCI (Payment Card Industry – Data Security Standard), atestado mundial de aplicação das melhores práticas, processos e controles de segurança da informação para proteção das transações de pagamento com cartões realizadas nas lojas.

Esta certificação atesta a maturidade dos processos e controles relacionados com o tema, a capacidade de identificação e redução de fraudes, preservação da imagem da companhia perante o mercado, o cumprimento das regras de segurança das bandeiras de cartão de pagamento e, claro, contribui para a elevação do nível de confiança de clientes e parceiros de negócios.

Trata-se de um grande reconhecimento do trabalho das áreas de TI e Segurança de Informação do Assaí, primeiro atacado de autosserviço do Brasil a receber essa certificação.

Fonte: Notícias do GPA

Vendas do setor supermercadista acumulam queda de -0,07%

As vendas do setor supermercadista acumulam queda de -0,07% de janeiro a fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional, divulgado hoje (28), em coletiva de imprensa, na sede da ABRAS, em São Paulo.

Em fevereiro, as vendas em valores reais, deflacionadas pelo IPCA/IBGE, apresentaram queda de -1,93% na comparação com o mês anterior, e queda de -0,24% em relação ao mesmo mês do ano de 2016.

Em valores nominais, as vendas do setor registram queda de -1,61% em relação ao mês anterior e, quando comparadas a fevereiro de 2016, alta de 4,56%. No acumulado do ano, as vendas cresceram 5,02%.

Para o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto, o resultado reflete o atual momento econômico do País. “O Brasil ainda sente os reflexos da crise; a taxa de desemprego vem crescendo desde o ano passado, e em janeiro chegou a 12,6%, o que impacta no poder de compra do brasileiro, que está mais cauteloso e indo menos ao ponto de venda. Mesmo assim, acreditamos em um número mais estável até o final do primeiro semestre”, declara o presidente.

Abrasmercado

No mês de fevereiro, a cesta de produtos Abrasmercado, pesquisada pela GfK e analisada pelo Departamento de Economia e Pesquisa da ABRAS, registrou queda de -1,49%, passando de R$ 479,64 para R$ 472,51. Já no acumulado do ano, de janeiro a fevereiro, a cesta apresentou alta de 3,57%.

As maiores altas de preço no mês de fevereiro foram registradas em produtos como: xampu, farinha de mandioca, sal e açúcar. Já as maiores quedas foram nos itens: feijão, cebola, batata e frango congelado.

Regiões

Em fevereiro, todas as regiões brasileiras apresentaram queda nos preços das cestas. A Região Nordeste foi a que apresentou maior queda, -3,00%, chegando a R$ 416,91. O resultado foi impulsionado por Maceió (-6,65%), Recife (-4,22%) e Salvador (-2,97%).

Índice de Confiança

Os empresários do autosserviço estão mais otimistas em relação ao cenário macroeconômico, de acordo com o Índice de Confiança do Supermercadista, elaborado pela ABRAS em parceria com a GfK. O resultado apresentado na última pesquisa, realizada em fevereiro, aponta 56,1 pontos (numa escala de 0 a 100), uma perspectiva positiva se comparada à última pesquisa realizada em dezembro, que registou 50,5 pontos.

Quando perguntados sobre as expectativas para os próximos seis meses, considerando a situação econômica e de negócios do País e no mundo, o otimismo se manteve para 66% dos entrevistados, que acreditam que suas empresas estarão melhores na comparação com o momento atual.

Fonte: Redação Portal ABRAS